Tudo começou numa noite muito quente em que eu não conseguia dormir, os mosquitos perturbavam demais então sai de casa pra dar uma volta ver se assim me cansava e conseguia pregar os olhos. Com exceção da pequena praça do bairro não vai gente nas ruas, tudo muito quieto o que era estranho pois em noites assim as pessoas não iam pra cama antes das onze da noite, foi ai que me dei conta que era quase uma da manhã, mas ainda tinha gente na pracinha então fiquei dando voltas por la por quase meia hora, quando dei por mim estava sozinha.
Nem mesmo os bêbados conhecidos que dormiam nos bancos estavam lá, fui pra casa, mas antes de dobrar o quarteirão senti algo estranho, o clima quente e abafado desaparecera agora uma brisa um tanto fria soprava "- vai chover" pensei
comigo " é melhor eu me apressar" disse pra mim mesma sem saber que era ouvida. Os cães da rua começaram a uivar num tom de aflição de causar arrepios mas eu não os via o que também era estranho pois meu bairro era cheio de vira latas abandonados, mas os ouvia, apertei o passo querendo estar em casa logo. Minhas pernas pareciam não me obedecer ai começou o sonho.
Uma vertigem violenta tomou conta de mim, tanto que tive que me apoiar num muro pra não cair, ai que ele apareceu segurando firme em meus ombros_ Cuidado senhorita, cuidado aonde pisa_ eu não conseguia focalizar seu rosto apenas distinguia dois pontos brilhantes que julguei serem olhos, os mais estranhos que já vira _ Me solte, tenho que ir pra casa_ respondi, a voz saindo fraca._Posso acompanha-la se me permitir_ se ofereceu os estranho, eu não queria mas não estava em condições de me opor. O homem segurou na minha cintura entrelaçando a de forma que fiquei colada em seu corpo, braços imoveis junto ao corpo, mesmo que quisesse fugir não poderia com ele me pressionando daquela forma.
_Onde fica sua casa?_ perguntou ele suavemente no meu ouvido apos o que julguei serem horas de caminhada.
_ Ali._ responde em direção ao portão vermelho da entrada.
O portão estava aberto eu me apoiei na entrada e pus os pés pra dentro me senti melhor na mesma hora.
_Não vai me convidar pra entrar?_ disse ele mais sugerindo do que questionado.
_ Por que deveria_ respondi sem ao menos pestanejar_ já me sinto melhor, vou ficar bem. Obrigada pela ajuda.
_ Tem certeza ? Você me parece meio pálida_ eu não soube dizer na hora o que aconteceu mas subitamente a vertigem voltou e eu não conseguia me manter de pé, cai pra frente nos braços dele quase desmaiada, mas bastante consciente pra fazer uma besteira, convidei-o para minha casa.
_Então,não acha melhor que eu entre?
_ Tudo bem_ concordei relutante.
Naquele instante finalmente divisei o rosto do homem, e ele sorria me olhando como se fosse uma garrafa de água gelada no deserto. Mais rapido do que pude captar o estranho entrou me arrastando junto com ele, em questão de segundos minhas costas se chocaram contra a parede e uma dor aguda tomou conta do meu pescoço.
Apos uma grande quantidade de sangue perdida ele me largou se afastando, eu não demorei para entender o que aconteceu, fui atacada por um louco.
_ Quem é você ?
_ Sou Sebastian, e você agora è minha escrava.
CONTINUA....
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